O ano que finda foi um show. O espetáculo do crescimento. O crescimento dos escândalos de roubo do dinheiro público! Do dinheiro do povo!
São indivíduos e quadrilhas em todos os quadrantes da nação e da organização sócio-político-institucional.
Dia após dia, noite após noite, desfiam-se as contas do rosário de negociatas, golpes e falcatruas. Regra geral, os autores são “tudo gente fina”, engravatada e da alta roda. Mas no ritual da ilusão e da enganação nacional, também os “peixes pequenos” se locupletam!
No maior país católico do mundo, um expoente em criação de igrejas e religiões que adoram, veneram e fazem juras a Deus, grassa a mentira e o roubo!
A regra vigente é ignorar seus ícones, seus santos e seus jurados mandamentos. Tomo emprestado um cânone católico e evangélico. O sétimo mandamento!
Na prática, o mandamento é de “mentirinha”, é de “faz de conta”. Roubo, corrupção, vadiagem e audácia são alguns substantivos que formam e recheiam nossa substância social.
Apropriação de coisa alheia através de fraude, não trabalhar conforme o dever, subornar e exigir propina, colaborar em injustiça.
Não pagar o justo salário, servir-se da miséria do próximo, não cumprir os deveres do cargo, com prejuízos ao próximo e ao bem comum, são atos corriqueiros.
Reúna a família e brinque de juntar típicos pecados sociais públicos e privados. É nosso melhor jogo. Melhor que o futebol. Aprendemos desde jovens a “levar” vantagem! Goleada certa!
Me fez lembrar da parábola bíblica do rico e de Lázaro(o outro). Os saqueadores bem-aventurados tiram dos otários contribuintes e dos pobres, alguns sem pão e sem teto.
E como ficam os gurus, lendas vivas na história das religiões, precursores dos rituais de iniciação da fé, quando suas palavras já não ecoam? Simplesmente, palavras vãs e ao vento!
A exemplo de Jesus, que dissera: "De que serve ao homem ganhar o mundo inteiro, se perde a alma?" (Mateus 16:26).
Todavia, mantenhamos as esperanças. Segundo o mandamento divino e o esforço da Polícia, os que roubaram e causaram danos estão e serão obrigados a restituir os bens e reparar os pecados.
Claro que falta combinarmos o conjunto das ações com o Poder Judiciário. Com o Legislativo. E com a própria sociedade, sempre tão benevolente com seus ladrõezinhos e temente aos seus ladravazes!