23 março 2016

Pontas e Cacos

Pontas e cacos

Lembra os financiamentos do BNDES em várias obras na América do Sul e na Africa? Pois é, pairam muitas dúvidas sobre estas operações internacionais financiadas com dinheiro do povo brasileiro. Razões e objetos de uma Comissão Parlamentar de Inquérito(CPI).
Objetivamente, trata-se da duvidosa (e de alto risco) política de financiar e “criar global players” (escolha de campeões, no jargão comercial). É o caso das empreiteiras OAS, Odebrecht, Andrade Gutierrez e de frigoríficos exportadores. Sem esquecer o desastroso Eike Batista.
A empresa Odebrecht, por exemplo, tem um histórico de obras nacionais e internacionais voltados à infraestrutura e negócios estratégicos, como rodovias, portos, hidrelétricas, petróleo, nafta e gás. Desde o tempo do regime militar.
Consequentemente tem profundas relações com os governos e órgãos públicos, haja vista farta e renovada participação e financiamento público-estatal.
Nos últimos treze anos, com a hegemonia e unidade político-partidário dos ditos partidos de esquerda na América Latina, com gestões e comportamentos identificados e extrapolados pelo populismo, o governo brasileiro promoveu uma temerária aventura ideológica, a partir de financiamentos internacionais do BNDES e negócios da Petrobrás.
Agora, junta todas as “pontas”. Hegemonia e unidade político-ideológica continental (Brasil, Uruguai, Venezuela, Bolívia, Equador, Cuba, etc...), grandes empreiteiras, financiamentos inesgotáveis do BNDES, negócios da Petrobrás, o caixeiro-viajante Lula (e palestrante!) e o desejo de nunca mais largarem o poder.
Pontas amarradas, como restou provado, e tudo regado a “comissões” generosas – dentro e fora do Brasil - para ninguém botar defeito. Deu no que deu!
Essa prática não começou agora. Mas se sofisticou e ampliou nos governos petistas. Este modelo de negócios entre o Estado (a pretexto de ser o grande indutor do desenvolvimento) e as empreiteiras sempre existiu. É o típico entendimento e relacionamento que favorece negociatas e troca de favores.
E aqui estamos hoje. Juntando os cacos. De modo que entre a retórica diversionista do meio sindical-artístico-universitário e os fatos, fiquemos com os fatos. Até o momento já houve mais de oitenta condenações. E tem mais gente “boa, bonita e engravatada” na fila.
Nossa república está sob controle e assalto sistêmico de uma quadrilha político-empresarial organizada. É razão suficiente para o interesse e o conhecimento público prevalecer. Então, todo o apoio à Operação Lava-Jato e seus operadores jurídico-policiais!