18 novembro 2007

Factóide. Você sabe o que é?

Segundo a Wikipédia (a enciclopédia livre da internet), factóide é um fato divulgado com sensacionalismo pela imprensa. Pode ser verdadeiro ou não.

O propósito de um factóide é gerar deliberadamente um impacto diante da opinião pública de forma a manipulá-la de acordo com as aspirações de pessoas, empresas e/ou governos que se utilizam de sua influência na mídia.

Os responsáveis são pessoas que aspiram ao poder, fama e celebridade. Mas pode ser gerada também por alguém que queira destruir o poder, celebridade e fama de alguém.

Pessoas do meio artístico, principalmente, em busca de notoriedade, utilizam-se muito dos factóides. Mas empresas também podem construir cenários artificiais. Mas ninguém ganha dos políticos e dos governos.

Os factóides foram muito utilizados na época da guerra fria. No Brasil, seu uso foi iniciado nos anos sessenta para derrubar o governo do Presidente João Goulart.

Apesar de grande parte das pessoas perceberem as segundas intenções, ainda é uma técnica muito utilizada para a manipulação da população menos esclarecida culturalmente.

Diariamente, podem surgir na imprensa – rádio, televisão e jornais, e agora também na internet, através dos “blogs”, notícias que tem o objetivo de denegrir ou elevar alguém.

Por exemplo, agora e entre nós, no campo político governamental estão digladiando-se em produção diária de factóides os ministros Tarso Genro e Nelson Jobim.

No afã de não perder espaço na imprensa e manter um elevado índice de exposição, suficiente para ser lembrado como candidato a sucessão de Lula, ambos desdobram-se na produção de notícias e fotos.

Para apressar a extradição do ex-banqueiro Salvatore Cacciola, Tarso Genro, por exemplo, tratou de “enviar a si mesmo” à maravilhosa cidade-estado de Mônaco,

Além de diplomaticamente desastrada, pois o assunto é tratado entre Estados por cartas rogatórias, a documentação que levava estava incompleta. Faltava o mandado de prisão, traduzido para o francês.

Já o Ministro Nelson Jobim, desde que assumiu o Ministério da Defesa produziu uma interminável sucessão de factóides.

Em sua empáfia e estilo autoritário anunciou a demissão de diretores da ANAC (o que não é de sua competência).

Antes, na visita ao aeroporto de Congonhas, pós acidente da TAM, reclamou do tamanho das poltronas dos aviões. Depois, peregrinou pelo Haiti e pela selva amazônica em trajes militares. Segurou até macaco e uma cobra sucuri! Com direito a foto em todos os jornais.

Objetivamente, só não resolve os assuntos para os quais foi nomeado.

Mas factóides são uma praga geral. Em Porto Alegre, por exemplo, à véspera de cada eleição municipal os possíveis candidatos começam a falar sobre a expansão da linha do metrô. Conversa para enrolar o cidadão e eleitor. Mas com pose de seriedade!

A última foi a “descoberta” da Petrobrás. Bem em meio à crise de fornecimento de gás. Depois de haver induzido milhares de pessoas para converterem seus carros. Pois bem, esta notícia da Petrobrás tem dois anos. Do mesmo modo que outra, de 2003, relacionada ao campo de “Mexilhão”. Pode até existir o petróleo. Mas a notícia é velha!

Mas deu resultado. Muita gente ganhou dinheiro com a valorização das ações da Petrobrás na Bolsa de Valores. Alguns ganharam mais!

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