19 setembro 2008

A Índole do Lobo(Teoria da Conspiração?)

Ultimamente, a internet tem sido um excepcional meio de divulgação de insistentes e variadas teorias acerca da ocupação estrangeira de reservas indígenas brasileiras, das ameaças à titularidade da descoberta e exploração de reservas de petróleo, e, mais recentemente, sobre as razões para a presença da Quarta Frota da Marinha norte-americana em águas brasileiras.
Conspiratórias ou não, as teorias correntes tem um sem número de boas razões para provocar nossa desconfiança em torno da movimentação e dos interesses não revelados das grandes potências econômicas e militares.
Face os antecedentes que a história mundial ensina, é inevitável o ressurgimento do debate em torno da natureza do imperialismo.
Aliás, modelo de ação e intervenção que muitos analistas e pensadores julgavam superado haja vista os efeitos colaterais e gerais da globalização e do moderno mercantilismo.
A palavra imperialismo vem do latim “imperator”. Modernamente, surge em 1830 relacionado ao império napoleônico. O sentido pejorativo, comum nos dias de hoje, surge em 1848, graças à política “cesarista” de Napoleão III.
Em 1870, a política de fortalecimento e expansão do império colonial britânico, na administração do primeiro-ministro Disraeli, recebe, igualmente, a denominação de imperialismo.
Com o tempo, sobretudo em função da política externa e expansão inglesa, o significado ficou, definitivamente, claro: imperialismo é o estabelecimento da soberania política de uma nação sobre povos e territórios estrangeiros.
Por motivações geopolíticas e econômicas, de tempos em tempos culturas, civilizações, regimes políticos e nações são ocupadas e aniquiladas por ações arbitrárias de potências militares!
O imperialismo é indiferente às variações de forma ou força. Suas razões e objetivos podem ser econômicos, como podem ser de natureza estratégica quanto à manutenção de poder e preservação de áreas de influência.
Não esqueçamos que a Guerra do Iraque já recolocara na ordem do dia o tema do imperialismo. E mais recentemente, o caso Geórgia versus Ossétia do Sul implicou duelos verbais entre russos e norte-americanos.
No passado, Inglaterra e Rússia (ex-URSS), principalmente, se destacaram por esta prática intervencionista.
A Rússia ocidental impusera-se aos demais povos da comunidade soviética. Não é a toa que se desintegrou em semanas, haja vista que a liderança era mantida apenas pelo poder das armas.
A Inglaterra, todos lembram, era “o reino onde o sol nunca se punha”, tantos eram os territórios sob seu controle.
Já os Estados Unidos, sucessor dos impérios decadentes, é mais esperto e promove a ocupação cultural e financeira. Mas, à distância, ainda vige o signo do aparato bélico.
O lobo muda o pelo, e não a índole!

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