05 fevereiro 2010

S.O.S. Planeta Terra (uma nova civilização?)

A sucessão de catástrofes naturais e as mudanças climáticas em todos os lugares da Terra têm chamado atenção e sido objeto de inúmeras reportagens alarmantes.
Dada à diversidade dos meios de comunicação, principalmente pela instantaneidade e rapidez da internet, qualquer episódio é imediatamente retratado e divulgado mundialmente.
Porém, se voltarmos no tempo, lembraremos que o assunto “meio-ambiente” era um tanto quanto marginal. Tanto na política e na economia quanto na imprensa. Aliás, seus primeiros defensores e debatedores eram chamados de chatos. Ecochatos!
Mas, paulatinamente, essa temática entrou nas conversas e ações de famílias, escolas e governos. Coisas simples, mas importantes, como procedimentos de coleta seletiva de lixo e economia de água e energia.
Motivados pelo marketing, as empresas também incorporaram o tema aos seus processos comerciais e industriais. As ações verdes, os produtos ecológicos e as práticas sustentáveis são os exemplos mais comuns.
Mais recentemente, contribuiu muito na popularização e gravidade do tema “meio-ambiente” a exibição do filme “Uma Verdade Inconveniente”, apresentado pelo ex-vice-presidente norte-americano Al Gore.
Apropriação oportunista, ações midiáticas e de viés comercial ou não, importa reconhecer sua atualidade e importância!
Aliás, sobre manipulações nas informações e nos dados científicos, vários cientistas afirmam, entretanto, que a ação humana, por mais predatória que tenha sido, não é a responsável por essa série de fatos que presenciamos, a exemplo do derretimento de geleiras e icebergs. Ou o aumento do dióxido de carbono, o famoso CO2, responsável pelo efeito estufa.
Afirmam que o planeta periodicamente passa por processos agudos de transformação. São os períodos de aquecimento alternados com os períodos de esfriamento ou glacialização. E as causas estariam no espaço, mais precisamente nas variações das atividades solares!
E em meio a todos esses debates científicos ou não, verdadeiros ou falsos, frutos de estudo ou “chutes”, assistimos também as discussões entre os países.
A recente reunião em Copenhague foi reconhecida como um fracasso. Os países ricos não querem mudar seu comportamento e seu modelo de produção e consumo. Mas gostariam que os países em desenvolvimento o fizessem, de modo a preservar suas florestas e mananciais hídricos e energéticos.
Já os países em desenvolvimento, entre os quais o Brasil, não querem travar seu “progresso”, e acham que a responsabilidade é principalmente dos países ricos e industrialmente desenvolvidos.
Afinal, os países ricos chegaram aonde chegaram graças à devastação do seu meio-ambiente e o esgotamento de suas reservas energéticas. Moral e eticamente, como poderiam exigir algo de outros países que assim (ainda!) não procederam?
Esse é o ponto central. Uma mudança expressiva nos meios de produção e consumo, de modo a contribuir na redução do lixo mundial e dos gases tóxicos, bem como evitar a exaustão dos recursos naturais, diz respeito objetivamente à mudança do sistema capitalista e ao futuro das nações.
Significa e implica achar outro meio de produção, consumo e desenvolvimento material da humanidade. Significa mudar o sentido de nossa civilização.
Representa mudar nosso comportamento pessoal e coletivo, modificar e restringir hábitos e consumos. Sacrifício de uma geração em prol de gerações seguintes.
Verdadeiro e urgente o problema climático planetário, fica uma pergunta: séria e honestamente, seremos capazes de mudar nossa típica ignorância e histórico egoísmo?

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