08 agosto 2012

Eleições: o que voce precisa saber

O que decide uma eleição? Quais são seus momentos mais significativos? O que pesa mais em relação a um candidato: um fato positivo ou um fato negativo? O que você sabe sobre os candidatos e seus planos? Aliás, o que realmente você sabe sobre política e eleições? O que mais aflige os candidatos durante todo o processo eleitoral é a qualidade e a efetividade de sua comunicação. Não apenas a sua própria, mas a comunicação exercida pela imprensa. Rádio, jornal e televisão, principalmente. Tocante a imprensa, a verdade é que ela se detém mais nas gafes e contradições dos candidatos, nas pesquisas eleitorais e nas intrigas e provocações de parte a parte. Ironicamente, é como nos telejornais. Prevalece o excêntrico e o escandaloso.Ou seja, também nas eleições parece que o público prefere mais a “fantasia do que o realismo”. Prefere mais o “diz-que-diz-que” acerca de um candidato do que conhecer detalhes do seu plano de governo. Sobre plano de governo, equipes de trabalho, qualidade e conteúdo, igualmente muito pouco a imprensa divulga, analisa e comenta. Não se trata de responsabilizar a imprensa. Nem de idealizar o processo eleitoral. De um modo ou de outro, a imprensa retrata os interesses do eleitorado, aquilo que o atrai pelas mais diversas razões. Nesse sentido, trabalhos e pesquisas acadêmicas na área da ciência política confirmam e explicam algumas práticas dos partidos políticos e seus candidatos. Por exemplo, tocante a propaganda eleitoral no rádio e na televisão, algo que gera maior lembrança, eficácia e memória do/no eleitor são aquelas peças publicitárias que atuam por contrastes. Na ação partidária por “contraste” se comparam os candidatos, mostrando suas diferenças. Apontando os defeitos de um e exaltando as virtudes de outro. Esse tipo de propaganda exige critérios eficazes de apuração e identificação daquilo que realmente interessa ao cidadão, capaz de influenciar e decidir seu voto. E aquilo que faz a diferença entre um e outro candidato. Outra prática, mas de menor eficácia e memória do cidadão, chamada de publicidade "negativa”, é aquela que age e provoca imputações negativas ao adversário. Em geral, essa é uma prática não desejada pelos candidatos. Pesquisas imediatas parecem confirmar que essa “propaganda” gera mais incômodos do que vantagens. Há, inclusive, um chavão que diz que “quem bate, perde!”. Entretanto, está comprovado que essas mensagens negativas imputadas ao adversário ficam gravadas mais tempo na memória do eleitor. E, finalmente, a estratégia mais ineficaz é, porém, a mais utilizada nas campanhas. É a denominada comunicação e propaganda “defensiva”, na qual o candidato se limita a mostrar o que já fez e apresentar o que pretende fazer. Pesquisas indicam que são as menos impactantes e menos lembradas pelo eleitor.

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