20 março 2013

Brand Love

O mundo dos negócios e das empresas é sempre muito dinâmico e criativo. Consequência e mérito do princípio da livre concorrência. E de seu juiz permanente e decisivo, o senhor consumidor. O sonho de todo empresário é que o seu produto seja um “top of mind”, isto é, aquela marca ou produto que primeiro vêem à mente do consumidor. Não é algo assim tão simples, ainda que tenha qualidade e preço acessível. Há outros fatores deliberativos e decisivos que determinam a sonhada fidelidade e bom relacionamento. Quando são superados todos os obstáculos, algumas marcas ultrapassam a condição de “top of mind” e alcançam o que se denomina de “love brands”, as marcas amorosas ou marcas amadas. “Love brands” estão muito além da qualidade, economicidade, utilidade e praticidade do produto. Influenciam e determinam inovações e mudança de comportamento social. Habitam a mente, o coração e, conseqüentemente, a preferência do consumidor. E porque toco nesse assunto tão complexo e árido? Especialmente, para destacar e recomendar a leitura do artigo da santa-cruzense Lara Pozzobon da Costa, importante produtora cultural sediada no Rio de Janeiro, sob o título de “Vantagens fiscais e fortes emoções” (ver Gazeta do Sul, segunda-feira, dia 18 de março, página oito). Lara explica o funcionamento das leis federais de incentivo fiscal-cultural - “Rouanet” e do “Audiovisual”, mas fala, principalmente, aos empresários. Destaca que se trata de “uma oportunidade ainda pouco aproveitada: os incentivos fiscais destinados a projetos culturais“. Lembra que “o espectador de cinema, teatro e eventos culturais faz parte do público consumidor”, e que “marca está ligada a um produto artístico de qualidade”. Ressalta “o princípio da fidelização, reconhecimento da marca como algo ligado à emoção. É o “brand love”. Ligar uma marca a um produto (filme, teatro, música, etc...) que gera emoção está no topo das opções de investimento de marketing”, finaliza. Haja vista a variedade e riqueza cultural regional brasileira há um potencial de desenvolvimento em todos os segmentos. A cultura é um extraordinário agente de geração de emprego e renda. E é capaz de gerar uma identificação com o público de forma apaixonante e emocional, consciente e inconsciente. Artes plásticas, teatro, música e cinema, entre outros, são o caminho para um “brand love” do seu produto, senhor empresário. Ou como diz Lara Pozzobon, finalizando: “o grande público agradecerá, pois terá mais opções de lazer e arte (...), o resultado é bom para todos, porque a emoção é um dos alimentos da alma!”

Nenhum comentário: