22 janeiro 2014

Rolezinho de verão


Com presença de maioria de descendência negra e presumivelmente pobre e de periferia (quem disse isso? pesquisaram? ou deduziram?), seria um encontro de jovens, de modo a protestar contra a segregação social.

A exemplo das manifestações de junho de 2013, qualquer consenso crítico e analítico é impossível. Foram expostas opiniões razoáveis entremeadas e alardeadas com outro tanto de absurdos e tentativas de manipulação político-ideológico-partidária.

Há uma tentativa de conectar os fatos e as reivindicações do ano passado com o atual movimento. Ora, não há nada em comum entre ambos, a exceção dos meios tecnológicos de comunicação e mobilização, ou seja, celular, internet e as redes sociais.

Essa gurizada está em férias escolares. Só quer zoar, fazer azaração, se divertir e namorar. E, de preferência, beijar muito. Quer mostrar sua camiseta e boné de grife, celular e tablet, tirar umas fotos para postar no Facebook e no Instagram. E ouvir e dançar “um funkizinho maneiro”.

Mas como vivemos a era do patrulhamento político-ideológico e dos descarados “caroneiros” partidários, o que mais se ouviu foi que os shoppings são templos de consumo da burguesia e que seriam altamente discriminatórios e elitizantes. Que idiotice!

Não há nada mais democrático nas cidades do que os shoppings. Seguros, limpos, agradáveis e populares. Pergunte às lojas-âncora, tipo Renner, Riachuelo, C&A, Americanas e McDonald’s, entre outras, sobre o perfil da clientela e suas condições de pagamento.

Reclamam dos gerentes dos shoppings por haver chamado preventivamente a polícia e apelado ao poder judiciário, atitudes que confirmariam a censura e a discriminação social e racial. Outra idiotice!

Uma, duas, três mil ou mais pessoas entram de surpresa no local. Então, queriam o quê? Que se omitissem tocante a tranqüilidade, integridade e segurança dos demais freqüentadores e lojas-condôminas?

Já que a onda é fazer proselitismo e demagogia, vou colaborar. Quem sabe os próximos “rolezinhos” sejam em escolas, hospitais e nos palácios de governo. Afinal, ali também há discriminação social e racial. Ah, e alguns têm o mesmo ar condicionado dos shoppings. Só não pode tocar o “pancadão!”

Nenhum comentário: