08 outubro 2014

Internet derrota pesquisas


Na sua formulação, as pesquisas de opinião valem-se de informações estatísticas oficiais, notadamente aquelas que dizem respeito às classes sociais, a partir de indicadores como a escolaridade, renda familiar, sexo, local de moradia, entre outros de similar relevância.

Pesquisas político-eleitorais costumam aferir tendências ideológicas, preferências partidárias e pessoais, consistindo em importante instrumento de avaliação de governantes e atos de governo, parlamentares e partidos.

Como o processo eleitoral determinará quem vai comandar o Poder Executivo, ou quem vai assumir um mandato legislativo, os interesses pessoais e partidários são múltiplos e intensos, não resistindo, regra geral, a influência do dinheiro e demais relações de poder.

Consequentemente, as pesquisas eleitorais – e os respectivos institutos de opinião - têm sido objeto de suspeitas e acusações. Entra eleição, sai eleição, é sempre a mesma discussão. Pesquisas influenciam o processo eleitoral? São manipuladas para favorecer determinado candidato ou prejudicar outro?

Os desconfiados afirmam que à medida que se aproxima a data da eleição, as pesquisas tendem a apresentar números parecidos entre um instituto e outro. Assim, deduz-se que seria possível “mentir” durante algum tempo, mas não proximamente ao dia da eleição.

Até as margens de erro, que sempre foram de dois por cento, já andam em torno de quatro. O que significa potenciais e diferenciais oito por cento, a rigor. Seria muita margem (de manipulação?) para pouco acerto!

Também há o entendimento de que as pesquisas influenciam o eleitorado, provocando o voto útil e (quase sempre) despolitizando o processo. Muitas vezes, resultando na escolha do “anti-alguém”.

Tenho um palpite sobre os recentes “furos” das pesquisas. Qual o indicador novo, possivelmente não catalogado pelos institutos de pesquisa, que poderia influenciar a votação final e determinar o erro de (pré) avaliação?

É o acesso e a utilização da internet como meio de obtenção e troca de informações. Eis que popularizado e massificado com o uso de computadores e smartphones, independentemente de escolaridade, renda familiar, sexo e local de moradia do cidadão.

Explicando: o acesso e utilização popular da internet prejudica(fragiliza) a utilização dos tradicionais indicadores de classes sociais e seus comportamentos.

“-Você mudou o voto (ou votou) com influência da internet?”, a pergunta que o instituto de pesquisa não fez!

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