15 outubro 2014

Que bom seria...

Que bom seria...

Se os candidatos pedissem desculpas pelos inúmeros erros e abusos cometidos durante suas gestões, invés repetir novas e velhas promessas como quem conta, todas as noites, a mesma “historinha infantil de ninar”.

Se vigiassem e coibissem seus próprios companheiros caídos em tentação e descaminho, antes de acusar os adversários de apropriações indébitas e corrupção.

Se deixassem de ofender o trabalho e a inteligência alheia (principalmente, a do eleitor), e baixassem o próprio dedo indicador, em humilde gesto de quem reconhece que sempre foi mais fácil ironizar, criticar e acusar o outro.

Se reconhecessem, educada e politicamente, os momentos, as oportunidades (ou falta de) e as razões do outro, haja vista que a história e as circunstâncias socioeconômicas nunca se repetem do mesmo modo, o que determina que as soluções de cada tempo também sejam diferentes umas em relação às outras, sem necessário prejuízo de oportuno valor.

Se, e principalmente, em se tratando de ideias e correntes ideológicas, superassem as graves diferenças e equívocos conceituais (ainda arguidos retoricamente nas disputas eleitorais) comprovadamente falidos e sepultados, como bem demonstram experiências históricas.

Se admitissem a hierarquia e eficácia de princípios fiscais e econômicos sobre a vontade pessoal e a ideologia política, como o histórico de nações mais desenvolvidas já demonstrou e confirmou.

Se parassem de dizer: “que o outro (no poder) não fez, sem vontade política de fazer!”, quando sabemos que as razões impeditivas deste ou daquele governo eram fiscais, financeiras e econômicas.

Se procedessem sempre de modo coerente, talvez não ficassem devendo tantas explicações ao povo. E reclamassem menos da imprensa e esquecessem os planos de “controle da mídia” – sobretudo porque falaciosos os argumentos e os subterfúgios. Ademais, como se fosse possível sufocar a verdade, ainda que, às vezes, tardia.

Que bom seria se não sonegassem informações e faltassem com a verdade quando acossados e “desnudos” em erro. Afinal, notoriamente abusados e reincidentes, já deveriam saber que depois da primeira mentira, sucedem-se as demais.

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