08 março 2008

Mulheres Aprisionadas

Enquanto nós homens não dispusermos de uma data especial para refletirmos sobre a nossa condição, continuemos, pois, a discutir (por tabela, a nossa!) a condição feminina - essas “pobres meninas” carentes!

O que hoje comemoram como sua libertação – e há muito que comemorar, expõe, de outra parte, uma situação de aprisionamento e de “coisificação”, simbolizados pela hipervalorização, expressão e estética do corpo.

Libertas e independentes, na verdade se encontram aprisionadas diante/dentro da crise de expressão e realização afetiva. Em contrapartida, canalizam suas energias e potências na competição profissional e na sedução predatória.

A radicalização do jogo profissional, da sedução e da conquista assustou o pobre macho. Os homens estão com medo. A luta libertária atemorizou e “enfraqueceu” os homens. Sem data de término, está instalada a crise da expressão afetiva.

Mas há esperanças. Ainda existem, de parte a parte, gestos de delicadeza e carinho. Ainda é possível abrir a porta do carro e mandar um bilhete/telefonema/e-mail romântico sem sofrer a pecha de “careta”.

Parece pouco, mas é muito nestes tempos plasmáticos e fungíveis, ficantes e orkutianos.

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