29 maio 2007

Mensalinho e Mensalão

Não, não é uma nova dupla caipira da popular música sertaneja. Trata-se de mais uma inovação governamental federal, na falta do que fazer.

Com a experiência de quem gestou o mensalão, o governo começa a semana anunciando “um bicho extra” para gurizada passar de ano na escola. É o “mensalinho”, uma propinazinha para turbinar os estudos.

Mais um vale-qualquer coisa. Coisa pouca para quem já tem bolsa-alimentação, vale-transporte, vale-gás, bolsa-escola, salário-família, programa de renda mínima, vale-etc... Só não tem dinheiro e emprego.

Anúncio de mais tempo, o Programa de Aceleração do Crescimento, o PACquiderme amestrado, não anda nem pra frente, nem para os lados. Mas na propaganda de televisão retumba como se de fato existisse. A peso de ouro!

Aliás, semanalmente, o governo tem novidades. Outro dia anunciou – e vai fazer mesmo, pasmem!, a criação de uma televisão pública federal, cujo orçamento inicial já passa de 300 milhões.

Mas como disse o ministro aos jornais: “A proposta do governo será conhecida em 15 dias, para debate, e em dois meses será editada uma medida provisória criando a TV Pública”. Disse mais: “O governo ainda não sabe quanto terá que investir na criação da TV.”

É assim mesmo. Sem planejamento prévio, sem orçamentos. Feito criança, quer porque quer, não interessa quanto custa. Afinal, dinheiro não é problema. O incrível é que eles não ficam corados!

Aliás, os não corados de vergonha querem mais, além de uma TV só para eles. Querem reintroduzir a censura prévia na televisão brasileira, a ponto de provocar um manifesto à nação pelas associações nacionais de jornais, revistas, rádio e televisão (Brasília, 8 de maio de 2007).

Mas sai semana, entra semana, uma coisa é sempre igual. O auto-elogio.

O governo autista de Lula (também nominado de “próximo da perfeição da silva” ou “luís inácio como nunca dantes igual na história do brasil”) conta vantagens e lorotas.

“Mortos” de ciúmes, Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek já não “dormem” direito.

Diariamente, Lula coloca seu disco velho de 78 rotações na eletrola – com a agulha de diamante gasta, e repete, e repete: “A economia está bem, nunca esteve tão bem. A economia está bem, nunca esteve tão bem.” E a agulha não sai do lugar.

Lula puxa a brasa para seu assado e finge ignorar as razões externas pelas quais o seu veleiro navega em brisas favoráveis.

São mundiais os ventos serenos, as águas cálidas e tranqüilas no mar dos negócios internacionais. Como nunca dantes na história do comércio mundial!

São ventos que sopram também para os demais países em desenvolvimento. Aliás, com indicadores sócio-econômicos muito melhores que os nossos.

Ao invés trabalhar na redução dos impostos e na conseqüente diminuição do tamanho do estado, o governo navega em sentido contrário.

Enquanto isto, desorganizado e sem representação política, o povo se diverte com os corruptos jogados na arena dos leões.

E fica a sonhar que a seleção cinematográfica de um corrupto por semana, com direito a exibição em rede nacional de TV, vá diminuir a corrupção nacional.

Com quarenta por cento de carga tributária, centenas de impostos e taxas, bilhões em arrecadação, um estado gigantesco e intervencionista, o filé mignon não vai acabar. Nem a corrupção. E nem a “criatividade” governamental!

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