20 janeiro 2009

A Praga do Desemprego

O desemprego atinge níveis recordes em grandes cidades e áreas metropolitanas. Próximos a 20% em algumas regiões.
Também cresce a precarização das condições de trabalho e o incremento do subemprego. São milhões de pessoas que ganham apenas um salário mínimo.
Um salário mínimo é insuficiente para uma pessoa suprir suas necessidades básicas, tais como alimentação, saúde, educação, vestuário e moradia. E menos ainda para suprir as necessidades de uma família!
Também contribuem para o “quadro da dor” a expressiva migração às áreas metropolitanas, o déficit habitacional e a desigualdade de renda.
De acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), da ONU, o Brasil figura entre os países com maior desigualdade de renda.
A renda dos 10% mais ricos da população brasileira é 65,8 vezes maior do que a renda dos 10% mais pobres.
Dados do IBGE confirmam que a camada 1% mais rica da população tem o mesmo volume de dinheiro dos 50% mais pobres.
A falta de trabalho, emprego e renda afetam a dignidade do sujeito e sua cidadania. Desemprego e desigualdade de renda resultam em pobreza e indigência.
Conseqüentemente, se constitui um círculo vicioso. Exclusão do trabalho, da saúde e da educação. Resultado: marginalidade social!
Esta tragédia sócio-econômica exige uma reação da sociedade brasileira. As mudanças não ocorrem por acaso!
Transformações acontecem pela realização de ações, movimentos e ações políticas capazes de influenciar e provocar mudanças na sociedade e nas ações de governos.
Sem este ânimo coletivo, por omissão reforçamos o clientelismo estatal e a imobilidade da sociedade.
Crescimento econômico e políticas compensatórias não são suficientes. Importa realizar programas de investimento em capital humano e em capital social.
Infelizmente, os governantes não privilegiam políticas públicas próprias, nem precipitam a radical reforma do Estado.
Apenas prosseguem com suas ladainhas egocêntricas, suas obras de aparência e o empreguismo de seus amigos e parentes.

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