29 maio 2008

O Próximo Voto

Logo, começará a campanha eleitoral, e, principalmente, o horário gratuito de rádio e televisão. Impõe-se que estejamos atentos e interessados na apresentação, qualidade e conteúdo programático dos candidatos e partidos.

Supõe-se que todos os governantes e representantes desejem o melhor, e, também, que façam os esforços necessários para bem administrar os interesses públicos. Todavia, a realidade tem demonstrado os descaminhos e equívocos dos políticos. E ensinado cautela aos eleitores.

Mas algumas questões e perfis podem ser antecipados. Por exemplo, merecem melhor atenção aqueles que pregam e executam a total transparência da origem e destino do dinheiro público.

Afinal, parafraseando o estilo verborrágico do Presidente Lula, porém de modo não ufanista, nunca se arrecadou tanto do povo em taxas e impostos! E nunca dantes devolveu-se tão pouco em obras e serviços públicos!

Também merecem nosso voto aqueles que mantêm o honesto desejo e ânimo de modificar a realidade social, consistente e objetivamente. Sem “vales e bolsas”!

É flagrante que não podemos mais conviver com a prática clientelista que simplifica e transforma vereadores em “despachantes de luxo”, omissos, submissos e incapazes de fiscalizar o poder executivo.

Do mesmo modo, são inadmissíveis prefeitos megalômanos que erguem “suas pirâmides” com dinheiro público, deixando obras inacabadas ou de alto custo de manutenção e pouca produtividade!

A acrescentar, também, o fato de que a administração pública deve se inspirar neste crescente ambiente de engajamento das lideranças comunitárias e empresariais, de estímulo ao voluntariado, de ampliação da cidadania e de formação e integração de redes de ação social.

Porém, à medida que empresas e entidades sociais ampliam sua participação e prestação de serviços, impõe-se a necessidade de redefinição dos papéis de intervenção pública, sob pena de duplicidade de ações e desperdício de recursos financeiros e esforços humanos.

Principalmente, é inadmissível a descoordenação das ações, a pulverização de recursos e a centralização de decisões na administração pública.

Do mesmo modo, não cabem mais programas e políticas conservadoras, caracterizadas por ações compensatórias e paternalistas, comprovadamente incapazes de transformar a realidade.

Trata-se de realizar diagnósticos que permitam identificar e quantificar os recursos públicos e privados, humanos e financeiros, agregando-lhes objetividade e profissionalismo através de ações e projetos consistentes e viáveis.

É imperdoável ao administrador e homem público, seja vereador ou prefeito, ignorar estes novos conceitos e estas novas tendências.

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