01 dezembro 2009

Olim...Piadas

Com as decisões em sediar a Copa do Mundo (2014) e as Olimpíadas (2016), razão de muita polêmica e divergência popular por causa dos astronômicos custos e inevitáveis atos de corrupção e violência (e sem falar na inevitável demagogia governamental e os deslumbramentos previsíveis), “corre” na internet um divertido e irônico texto que não posso deixar de reproduzir.
Basicamente, diz respeito aos possíveis acontecimentos e comportamentos populares e midiáticos que haverão de ocorrer nos próximos meses e anos. Reproduzo e adapto uma pequena parte. Vejamos:
“Periodicamente, as TVs vão entrevistar os idealizadores da candidatura olímpica, que continuarão dizendo que “todo o mundo!!!” queria a candidatura do Rio.
Entre 2010 e 2016, várias ONGs vão surgir e dizer que apóiam o esporte, que tiram crianças das ruas e as afastam das drogas. Após a Olimpíada estas ONGs desaparecerão e serão investigadas por desvio de dinheiro público. Mas ninguém será preso ou indiciado.
Um grupo de funk vai fazer sucesso com uma música (música?), cujo refrão será: “Vou pegar na tua tocha e você põe na minha pira!”.
Um ano antes a Globo vai instalar aqueles relógios gigantescos na orla de Copacabana e em outras capitais fazendo a contagem regressiva para o início dos jogos.
Uma escola de samba vai homenagear os jogos, rimando “Barão de Coubertin” com “Sol da manhã”. Um carro alegórico representará o espírito olímpico do carioca visitando a corte do Olimpo num dia de sol ao raiar do fogo da vitória.
Durante o percurso da tocha, lado a lado com o atleta escolhido, brasileiros vão invadir a rua e correr carregando um cartaz de cartolina onde se lê “GALVÃO FILMA NÓIS - 100% FAVELA DO RATÃO”.
Passistas de fio-dental vão iniciar a cerimônia inaugural dos Jogos mostrando o legado cultural do Rio ao mundo: a bala perdida, o tráfico, o funk e a favela.
Claudia Leite e Ivete Sangalo vão cantar o “hino das olimpíadas” composto por Latino e MC Medalha.
Uma brasileira vai ser filmada várias vezes com um topizinho amarelo, um shortinho verde e a bandeira do Brasil pintada na bochecha. Depois dos jogos ela posará para a revista Playboy sem o top e sem o shortinho, mas com a bandeira pintada em outras partes do corpo que também começam com a letra B.
Uma modelo vai engravidar de um jogador de hóquei americano. Sua mãe vai dar entrevista no Programa da Luciana Gimenez dizendo que sua filha era virgem e que o atleta americano a seduziu com falsas promessas de boa vida nos EUA.
Após o nascimento do bebê ela posará nua e terá um programa de fofocas numa rede de TV de menor expressão.
No primeiro dia, os EUA, a China e o Canadá já somarão um caminhão de medalhas. Mas os jornalistas brasileiros vão continuar dizendo a cada minuto que o Brasil é esperança de medalha em “trocentas” modalidades e certeza de medalha em outras tantas.
Os poucos brasileiros premiados serão idolatrados por 15 minutos como exemplos de força e determinação. Irão no Domingão do Faustão. Também irão no Programa da Hebe, que vai dizer: “eles não são uma gracinha?”

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