27 março 2007

Jesus Cristo Vende!

O oscarizado cineasta James Cameron (Titanic, Exterminador do Futuro I e II, Aliens) resolveu dar o golpe do baú, a exemplo do autor do livro Código da Vinci. Afinal, fé e religião são ótimos produtos comerciais. Vendem fácil.

Recentemente, Cameron anunciou o seu documentário "O Túmulo de Jesus", apresentado no canal Discovery. O documentário é sobre uma possível descoberta do túmulo de Jesus e da sua família num local próximo de Jerusalém. Cameron pretende provar que Jesus Cristo não ressuscitou.

O arqueólogo israelita Amos Kloner já declarou que o documentário não constitui prova científica. Disse mais: "Jesus e seus parentes eram uma família da Galiléia, sem laços com Jerusalém. O túmulo encontrado pertencia a uma família de classe média do século primeiro".

Mas o chumbo grosso contra Cameron vem dos religiosos, como também ocorreu com o escritor Dan Brown, autor d’O Código Da Vinci.

Autoridades religiosas de Israel e da igreja católica afirmam que “as provas” de Cameron não conferem com a doutrina cristã e que a ressurreição de Cristo é um dos pilares da fé cristã.

Ademais, os católicos, os protestantes e os ortodoxos não reconhecem descendência alguma de Jesus Cristo. Sorte de James Cameron é que a inquisição já não existe.

Jogada de marketing ou não, a verdade é que o revisionismo histórico sempre houve. No caso da religião, os historiadores (e curiosos) são estimulados e provocados pelos evangelhos apócrifos.

Esses evangelhos (apócrifo significa não autêntico e/ou de origem desconhecida) são documentos que foram rejeitados pela Igreja por ocasião da consolidação dos principais ensinamentos doutrinários, a fim de favorecer o crescimento e a popularização do cristianismo.

Como sempre, é tudo uma questão de perspectiva, de ponto de vista. Ironicamente, os moradores da região - onde foram encontrados os túmulos - estão satisfeitos, prevendo os bons efeitos do turismo. Sim, por que qualquer história sobre Jesus Cristo vende bem. Fé e religião à parte, é grana no bolso o que move o mundo!

Aliás, a propósito da existência e origem de Jesus, tem uma história muito engraçada. Vários representantes de países se reuniram para discutir sobre onde realmente nascera Jesus. Cada qual defendia que Jesus tinha nascido em seu respectivo país. E apresentava três provas/argumentos.

1) Que Jesus era judeu: assumiu os negócios do pai, viveu em casa até os 33 anos e tinha certeza de que a mãe era virgem, e a mãe tinha certeza de que ele era Deus;

2) Que Jesus era irlandês: nunca foi casado, nunca teve emprego fixo e seu último pedido foi uma bebida;

3) Que Jesus era porto-riquenho: o nome dele era Jesus, sempre teve problemas com a lei e a mãe dele não sabia quem era o seu pai;

4) Que Jesus era italiano: falava com as mãos, tomava vinho em todas as refeições e trabalhou no comércio;

5) Que Jesus era californiano: nunca cortou o cabelo, andava descalço e inventou uma nova religião;

6) Que Jesus era francês: nunca trocava de roupa, não lavava os pés e não falava inglês;

7) Que Jesus era brasileiro: nunca tinha dinheiro, vivia fazendo milagres e se ferrou na mão do governo.

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