30 janeiro 2006

As leis da selva
(Bombas em Londres)
“(...) precisamos reverter aos métodos mais grosseiros de outras épocas – força, ataques preventivos, logro, o que for necessário (...) entre nós respeitamos a lei, mas quando operamos na selva também temos que usar as leis da selva”.
Robert Cooper, diplomata ingles

Faz dois ou três anos, o diplomata inglês Robert Cooper, guru da política externa inglesa, afirmou que “(...) precisamos reverter aos métodos mais grosseiros de outras épocas – força, ataques preventivos, logro, o que for necessário (...) entre nós respeitamos a lei, mas quando operamos na selva também temos que usar as leis da selva”.
Voltando no tempo: sabem todos - o jornalismo investigativo confirmou - que Tony Blair e George Bush utilizaram-se de argumentos fraudados para garantir a aprovação legislativa e justificativa popular para atacar o Iraque e o Afeganistão.
Rescaldo final: não somente pela tragédia da situação atual no Iraque, como também pelo conjunto do pós colapso das torres gêmeas novaiorquinas (WTC), as bombas em Madrid, e agora as bombas londrinas, a verdade é que ambos – Bush e Blair – ainda não convenceram seus súditos sobre a natureza daquelas operações militares e suas conseqüências, presentes e futuras.
Ou então, dito de outro modo, avocada a “filosofia” do autor supracitado, o povo americano e britânico – o espanhol já mandou José Maria Aznar para casa – quer saber mais detalhes e fundamentos sobre como é uma lei e uma ética para os outros. E de como o povo da selva poderá reagir.