30 janeiro 2006

O que será depois de amanhã?
(os senhores da guerra)

“(...) a cautela (...) dos demais países leva em conta (...) a gravidade e a incerteza dos desdobramentos de uma guerra desta natureza, ou da natureza que se pretenda, ou melhor, da natureza da guerra que os EUA pretendem.” (ementa de nosso artigo O Que Será Amanhã, publicado no Riovale, logo após o ataque ao WTC)

Sabia-se, de antemão e pela natureza das partes, que as intervenções bélicas preconizadas pelos norte-americanos, a pretexto da vingança ao ataque do Word Trade Center-WTC, eram o prenúncio de uma nova e forte onda de redefinições dos papéis globais, dos territórios de dominação e da qualidade e natureza intervencionista.
O acirramento dos conflitos na Palestina interessam à política externa americana, antecipando e preparando um cenário ideal para sua intervenção armada, com certeza a pretexto da paz (coitada daquela pomba-símbolo...deve estar cansada de tanto cinismo!).
Quem sonhava que o fim da Guerra Fria era a abertura de um novo tempo de paz, longe do espectro do cataclisma nuclear, esqueceu-se de que somos humanos, perversamente humanos.
Racismo, xenofobia, intolerância étnica, nacionalismo, são as palavras da moda, são os sinais midiáticos da nova ordem mundial, ou melhor, da desordem mundial, legado mortal das decadentes e velhas superpotências.
Em tempo: Revista Veja – 20 de março de 2002, pág.97, informa que foi “concedido pelo Serviço de Imigração e Naturalização dos Estados Unidos vistos de estudantes a Mohamed Atta e Marwan al-Shehhi, dois dos pilotos terroristas-suicidas que pilotavam aviões arremesados contra o WTC. O aviso foi enviado à escola da Flórida em que ambos fizeram cursos de aviação. As autoridades diplomáticas disseram que a decisão é anterior ao atentado e que os documentos foram enviados automaticamente. Em 11 de março, em Venice, Flórida”