30 janeiro 2006

O império ataca

“...a razão fundamental para a expansão imperialista está na natureza do sistema capitalista”.(Lênin)

Logo após os atentados patrocinados por Bin Laden, escrevemos uma série de artigos sobre a natureza e a reação do império. Nada mais mais fácil de prever, pois, que a reação norte-americana. O conjunto das ações e a violência retrata bem sua política externa. Entretanto, a mídia prefere rotular o Presidente Bush como o grande mentor, como aquele que subjuga uma nação inteira à sua vontade bélica. Uma maneira oportunista de personalizar o mal, mantendo o espírito benigno da nação incólume.
Nem uma coisa, nem outra. Nem o Bush é perverso, nem a comunidade norte-americana é “boazinha”. Trata-se, simplesmente, da grande política, da estratégia de fundo, aquela que define papéis essenciais de dominação de uma nação sobre outras. É sabido por todos que a crise energética - esgotamento das reservas de combustíveis fósseis - é inadiável. Não bastasse esta razão, trata-se, também, de ratificar o papel israelense na região e sepultar qualquer pretensão de contestação ao modelo de dominação.
Assim caminha a humanidade. Cumprem-se os ciclos. A dúvida é: quanto tempo dura um império? Resposta: tem para todos os gostos. O III Reich, que se anunciara de 1000 anos, durou menos de 10 anos. Mas houve impérios seculares. Os mais recentes são representados pela Espanha, Portugal, Inglaterra, França, Bélgica, Itália, Holanda, Japão, Alemanha e Rússia.
Como já havíamos dito no artigo “imperialismo e o estado espetáculo”, o imperialismo é indiferente às variações de forma ou força. Suas razões e objetivos ora podem ser econômicos, ora podem ser de natureza estratégica quanto a manutenção de poder, bem como podem ser para preservação de áreas de influência.
Vade retro!