30 março 2006

2100 – o ano do começo do fim do mundo

“A questão é tão séria, tão grave, tão urgente, que basta recordarmos os temas do encontro de 1992, no Rio de Janeiro, a ECO-92, (...) e percebermos que o que à época parecia um temário sobre um futuro distante, revelou-se de extrema atualidade e emergência.”

As disfunções e irregularidades climáticas que temos assistido, diária e mundialmente, são consequência de um conjunto de fatores fartamente previstos e explicados há muito tempo pelos cientistas.
A questão é tão séria, tão grave, tão urgente, que basta recordarmos os temas do encontro de 1992, no Rio de Janeiro, a ECO-92 - ocasião em que Chefes de Estados assinaram a Convenção da ONU sobre Mudança Climática – a Agenda 21, e percebermos que o que à época parecia um temário sobre um futuro distante, revelou-se de extrema atualidade e emergência.
No centro dos debates antigos e atuais, o vilão “efeito estufa” e seus parceiros principais, os Estados Unidos e a Rússia. Principais agentes poluidores planetários, os dois países estão boicotando a entrada em vigor do Protocolo de Kioto, que propõe/propunha reduções na emissão de gases de efeito estufa. Aliás, estipulados níveis de redução que já não atendem mais as necessidades atuais. Ultimamente, ONG’s ambientalistas propõem, inclusive, uma agenda "pós-Kioto”, mais precisamente um pacote de medidas que pudesse conter o aumento da temperatura.
Todos já sabem que o aumento da temperatura global terá como consequência o aumento do nível dos oceanos, o que inviabilizará a vida humana em regiões costeiras de vários países, e, como já antecipam alguns estudiosos, gerando o surgimento de um novo tipo de refugiados.
Paralelamente, aumentará (ainda mais) a freqüência e a intensidade de secas, enchentes e outras catástrofes naturais, que afetam todos os cantos do planeta, comprometendo a qualidade de vida e o patrimônio de milhões de pessoas.
No caso brasileiro, ainda de acordo com as previsões, o resultado serão praias, mangues e partes baixas de cidades litorâneas submersas, fontes de água doce salinizadas, marés penetrando centenas de quilômetros pela foz do Amazonas. Haverá comprometimento na produção agrícola, a ampliação do semi-árido para o Planalto Central, a savanização da floresta amazônica, entre outras consequências desastrosas.
A elevação da temperatura gerará inúmeros transtornos no dia-a-dia das grandes cidades, cujos sistemas de abastecimento elétrico serão afetados e comprometidos em sua qualidade e eficácia .
Mais grave e perturbador: estrategistas e geopolíticos prevêm que a mudança climática será a razão principal de futuros conflitos mundiais durante este século.
Quer dizer, além de filme velho(guerras!), vai ser um calorão! Em todos os sentidos!



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