30 março 2006

A Ideologia “Felipão”

“Falta-nos, entretanto, uma cultura do método, da disciplina, consensuais e permanentes, naturalmente aceitos e aplicados no dia a dia”

Há uma pretensão generalizada, basicamente de natureza discursiva, que pretende a adoção do modelo de mobilização adotado pelo técnico da seleção brasileira de futebol, Luiz Felipe Scolari, o “Felipão”, de modo que possa aplicar-se à superação e definição dos melhores destinos de nossa pátria.
Santa ignorância!, diria Robin, aquele mal-falado amigo do Batman. A mobilização de um grupo de pessoas, por trinta dias, para uma meta definida, não tem nada a ver com a possibilidade de mobilizar-se um país, uma nação com tantas desigualdades, com tantas diferenças e, principalmente, com tanta “indiferença”.
Tal qual as metas da seleção, trabalhos pontuais de mobilização são realizados diariamente por empresas, escolas, associações, e, inclusive, municípios.
Falta-nos, entretanto, uma cultura do método, da disciplina, consensuais e permanentes, naturalmente aceitos e aplicados no dia a dia, ainda que não haja uma mobilização específica. Isto se aplica ao cumprimento do horário, ao tratamento e recolhimento do lixo, ao respeito aos bens privados e bens públicos, etc...etc...O resto da conversa todo mundo sabe.
Mas trata-se, basicamente, de amar nossa pátria, de trabalhar por seu engrandecimento e ignorar os falsos modelos sociais, cuja pompa e circunstância não resiste a uma abertura de contas bancárias no Brasil e no Exterior.